Está na hora de dar a conhecer os textos vencedores do concurso "Uma imagem, um texto" do 2º período. Foram escolhidos 3 textos: um do 2º ciclo, um do terceiro ciclo e outro do secundário. Esperamos que continuem a participar e a mostrar a vossa criatividade e imaginação. Há uma nova imagem à procura de texto. Mãs à obra! Ah! E parabéns aos vencedores! VENCEDOR - 2º CICLO
A Ilha Desconhecida
Numa tarde de sol, dois amigos, João e Diana, tiveram a ideia de ir dar um passeio de barco. Nesse momento, o mar estava calmo e azul e as ondas não eram muito grandes. Meteram-se dentro do barco e começaram a viagem. Navegavam, navegavam, sem parar, e cada vez ia escurecendo mais. As ondas iam ficando mais fortes. O medo apoderou-se deles e decidiram voltar para trás, quando, repentinamente, veio uma onda gigantesca que os arrastou até uma ilha. De manhã, quando acordaram, repararam que estavam numa ilha desconhecida. Olharam à sua volta e viram o barco destruído. Ficaram desesperados, pois assim não podiam voltar para casa. João andava de um lado para o outro na areia molhada, deixando nela as suas pegadas. Tropeçou numa pedra e, ao cair, viu um papel com um aspecto velho, enterrado na areia. Diana foi ter com João para ver o que ele tinha descoberto. Abriram o papel e repararam que era um mapa. - É um mapa! Será que vai dar a um tesouro? – perguntou a Diana. - Não sei. Vamos seguir este caminho marcado no mapa, mas primeiro vamos procurar comida. – respondeu o João. Entraram na floresta e avistaram muitas palmeiras e bananeiras. Quando acabaram a recolha dos frutos, Diana disse: - Vamos agora à procura do tesouro. Estou curiosa! - Não, já é muito tarde. Vamos fazer uma fogueira e arranjar um abrigo. – disse o João. Repararam numas canas que ali estavam e pensaram em construir uma cabana. Quando acabaram já eram quase onze horas da noite. Foram dormir. De manhã estava muito sol. Diana acordou cedo para ver o mapa e quando João acordou exclamou: - Já estás de volta disso?! - Sim, estou cheia de curiosidade para descobrir qual é o tesouro. Vá, despacha-te! – ordenou Diana. Foram em busca do tesouro e tiveram que passar por muitos obstáculos. Areia movediça, rios e animais perigosos para enfrentar. Mas, apesar de tudo, chegaram à etapa final com vida. Esta última consistia em encontrar a gruta onde estava o tesouro e que estava tapada por muitas plantas para dificultar a procura do mesmo. Demoraram horas a procurá-lo. Até que Diana desistiu e João disse: - O quê? Estavas tão curiosa para descobrir o tesouro e agora queres desistir? - Nunca mais o encontramos! Se calhar alguém já o encontrou primeiro… - Estás maluca?! Acho que fomos os únicos a encontrar esta ilha! Depois de tudo isto, não vamos desistir agora! Vamos conseguir! – exclamou o João. - É isso! Estou a ver um conjunto de plantas muito grandes ali ao fundo! Vá corre, pode ser a gruta! Correram para junto das plantas. Diana tinha razão. Afastaram-nas e entraram na gruta. Era muita escura e húmida. Quando chegaram ao fundo viram o tesouro. Correram muito felizes. Diana abriu-o. Havia muito dinheiro, um telemóvel e uma carta que dizia o seguinte: « Se encontraram este tesouro é sinal que estão perdidos nesta ilha. Por isso, irão precisar de um telemóvel, o do Capitão Barba Azul. » Pegaram no telemóvel e ligaram à polícia marítima que os veio buscar passado pouco tempo. Os dois amigos fizeram um acordo para não contar a ninguém da existência daquela ilha e, claro, do tesouro. Inês Duarte / nº 5984 / 6º D Catarina Policarpo / nº 5980 / 6º D
VENCEDOR - 3º CICLO
A MINHA PRAIA
O mar é calmo ou agitado, azul ou mais escuro, mas será que tem sentimentos? Eu acredito que tem um sentimento abstracto! Um dia fui com o meu namorado a uma praia, eu fazia anos, era Inverno. A praia estava vazia, porém senti uma energia que … era forte e intensa, mas não sabia explicá-la. A praia estava deserta, precisava de vida e alegria. O bater das ondas era fresco e suave, a brisa era fria, mas ao mesmo tempo calorosa. Aquela praia transmitia-me algo que não sabia explicar. A areia era macia, o mar era reluzente e azul. De repente o meu namorado olhou-me nos olhos e acarinhou a minha cara. Eu fiquei embaraçada pois não sabia o que fazer, ele nunca me tinha olhado assim. Daí a instantes saíram três palavras da sua boca: “Queres casar comigo?”. Eu amava-o como nunca amara ninguém e claro que aceitei. Estávamos oficialmente noivos! Quando cheguei a casa só pensava naquela praia e no pedido de casamento! Passaram dois meses… Era quase Verão e a data do casamento aproximava-se. Tínhamos sido rápidos… só faltava um detalhe: onde é que íamos fazer a cerimónia do casamento? O meu noivo deixou este assunto “nas minhas mãos”. Deitei-me e comecei a pensar num sítio que eu considerasse “meu”, que fosse importante para mim! Lembrei-me do jardim onde nos conhecemos, da igreja da nossa terra, mas eram sítios “vulgares”. De repente ouvi na minha cabeça o som do mar e foi aí que me lembrei do sítio mais especial: a praia. Contei a minha decisão ao meu noivo e ele concordou, pois tinha sido ali que ele me tinha pedido em casamento. Passaram três semanas. Já se sentia o calor do Verão e era o dia do nosso casamento. Entrou o noivo, depois entrei eu ao som da música. Trocámos as alianças, dissemos o “sim”, comemos e bebemos. Tudo correu como o planeado até que a praia ficou novamente deserta, só eu e o meu marido, os dois olhando para o mar. Olhei em redor e vi marcadas as pegadas. Pegadas daqueles que amo, pegadas simples mas com valor. Quando viemos embora olhei para trás e vi as pegadas serem recolhidas pelo mar e outras marcadas de fresco. Se o mar tiver sentimentos vai guardar com amor aquilo que lhe deixei: sorrisos, amor e pegadas. Pegadas do dia mais feliz da minha vida, na minha praia. Maria Beatriz Bispo Nº 6397 - 7ºD
VENCEDOR - SECUNDÁRIO As Pegadas na Areia O mar chega à areia e apaga as pegadas, mas nela ficam sempre as saudades desejadas. As ondas rebentaram de euforia, a espuma espalhou-se pela areia, a praia encarou com alegria a canção de uma bela sereia. Ao longe, uma ilha curiosa espreita por entre o mar indiferente à nuvem chorosa que por ela está a passar. A praia lembra a natureza; as ondas, a beleza; a areia, a saudade; e o mar, a lealdade. Não interessa o tamanho das pegadas, mas sim o sentimento transmitido, pois elas ficam marcadas como um amor verdadeiramente sentido. Nove são as tristonhas pegadas que o percurso de uma vida amassam. São profundas, mas prateadas quando de novo por lá passam. Pedro Castelão Nº7183 10ºE
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