Este texto foi escrito durante uma aula de substituição. A professora solicitou que os alunos fizessem uma lista de palavras para construírem posteriormente um texto com todas ou apenas algumas dessas palavras. A Laura escolheu a palavra “Tristeza” e criou este texto sozinha. A mim soou-me a talento.
A professora Teresa Leonardo.
A Tristeza
Hoje compreendi que ainda te quero. Que ainda te espero. Podes vir ou não. E estando tão desesperada e tão confusa não me apeteceu sair do cadeirão da sala. Olhei para a porta, lembrando-me das vezes em que entravas, depois de uma das tuas longas viagens pelo país. Desta vez era diferente. Desta vez emigraste para a outra ponta do mundo. Desta vez tinha a certeza de que te tinha definitivamente perdido. Já mal me lembrava da tua cara, da tua fala, das tuas expressões. Mas sabia que se viesses me apaixonaria por ti, e se tiver que esperar eu espero. E o verbo esperar torna-se tão imperativo como o verbo respirar. Passados seis anos, continuei a esperar, e a esperar. Talvez uma espera que não valia a pena realizar, mas à qual eu dava valor, pois era feita por ti, para ti, porque eras tu que reinavas no meu coração. E depois destas palavras, senti as lágrimas escorrerem-me pela cara. E estando tão desesperada e confusa, não me apeteceu sair do cadeirão da sala. Fiquei a pensar em ti. E a tristeza invadiu-me.
Ana Laura Santos 7º B
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